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Neandertais eram capazes de compaixão, sugere estudo


Análise de restos mortais de indivíduo com doença degenerativa mostram que seu grupo cuidou dele com atenção até o fim

O Homem de Neandertal teve, durante muito tempo, a injusta fama de brutal e indiferente. Mas novas pesquisas revelam que estes hominíneos foram cuidadores conscientes e muito eficazes.

O estudo, feito pela Universidade de York, sugere que os cuidados com a saúde dos Neandertais eram altamente eficazes e não visavam o interesse próprio, desafiando a crença de que eles fossem brutos em comparação aos humanos modernos.

Os pesquisadores argumentam que as ações de cuidado eram comuns, e que poderiam ser descritas como uma “resposta compassiva e bem embasada a ferimentos e doenças”.

É sabido que os Neandertais às vezes prestavam ajuda aos seus feridos. Mas a nova análise da equipe de York sugere que eles se importavam genuinamente uns com os outros, independentemente do grau de severidade do ferimento ou doença, ao invés de se auxiliarem com base apenas no interesse próprio.

O autor principal do estudo, Penny Spikins, professor de Arqueologia das Origens Humanas na Universidade de York, disse que “nossas descobertas sugerem que os Neandertais não pensavam se os outros iriam retribuir seus favores. Apenas agiam com base no que sentiam ao ver o sofrimento daqueles a quem amavam".

A maioria dos indivíduos encontrados pelos arqueólogos tinha algum tipo de ferimento grave, com patologias indicando diversas condições debilitantes e lesões. O estudo sugere que, em alguns casos, os ferimentos ocorreram bem antes da morte, e teriam implicado na necessidade de acompanhamento, massagens, cuidados com febre e com higiene.

A análise de um homem que morreu com idade entre 25 e 40 anos revelou diversas deficiências, incluindo uma doença degenerativa na coluna vertebral e nos ombros. Este problema teria diminuído sua força nos últimos 12 meses de vida, e restringido severamente sua habilidade de contribuir com o grupo. Ainda assim, argumentam os autores do estudo, ele continuou fazendo parte do grupo e seus restos mortais foram cuidadosamente enterrados.

Spinks disse: "Nós argumentamos que o significado social de um padrão mais amplo de cuidados com a saúde foi negligenciado pelos cientistas. Até agora, interpretações que apontavam para uma resposta limitada ou calculada aos cuidados médicos foram influenciadas por preconceitos que enxergavam os Neandertais como ‘diferentes’ de nós, ou mesmo brutos. No entanto, uma consideração mais detalhada das evidências e seus contextos culturais e sociais revelam um panorama diferente. A grande similaridade dos cuidados médicos dos Neandertais com aqueles prestados em períodos posteriores tem implicações importantes. Nós argumentamos que cuidados médicos organizados, bem embasados e atenciosos não são exclusivos da nossa espécie. Na verdade, eles possuem uma história evolucionária longa".

Universidade de York

FONTE: SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL

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