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Os 36 anos do Caso Vasp voo 169



O caso é considerado pelos Ufólogos brasileiros como merecedor de alta credibilidade em função do número de pessoas envolvidas e a consistência de suas versões. Tudo começa na madrugada de 08 de fevereiro de 1982, quando o Boeing 727-2A1 PP-SNG, um dos 727 "Super 200" da Vasp, que havia decolado à 1h50 da manhã do Aeroporto Pinto Martins em Fortaleza e dirigia-se, sob lua cheia, em voo tranquilo para o Rio de Janeiro, de onde seguiria depois para São Paulo, operando um VEN (Vôo Econômico Noturno) com a sigla VP169.

Após 33 minutos de vôo, na altura de Petrolina (Pernambuco), a tranquilidade foi quebrada pela aproximação de um objeto luminoso do lado esquerdo e que começou a seguir o PP-SNG, naquela oportunidade pilotado pelo comandante Gerson Marciel de Britto, com mais de 26.000 horas de vôo. Este contatou o Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) de Brasília, que estava vetorando o vôo, para saber que avião seria aquele ao seu lado, descobrindo que não havia (ou deveria haver) qualquer objeto voador nas proximidades. Britto então sinalizou com os faróis do Boeing 727 e diminuiu a iluminação da cabine para poder observar melhor o objeto, ainda achando que se tratava de um avião não identificado. O objeto voava bem próximo ao 727, realizando então evoluções que foram notadas pelo comandante e sua tripulação como impossíveis para um avião normal. Algo estava errado...

O experiente comandante Britto, com a menor iluminação da cabine, pôde identificar a Lua e o planeta Vênus, tendo a certeza que estava avistando um objeto voador não identificado e não estes astros. Ele e sua tripulação observaram ainda que o objeto mudava constantemente de cor, variando muito entre o vermelho e o laranja, com o seu centro branco e azulado. Outro detalhe que chamava a atenção dos tripulantes do 727 era a forma de deslocamento do objeto, que ficava passando ao lado e por baixo do Boeing como se estivesse brincando com o avião. Britto continuava tentando confirmar com Brasilia que objeto seria aquele, mas a resposta era sempre a de que nada estava sendo registrado pelos radares em terra. Duas outras aeronaves, uma da Aerolineas Argentinas e outra da Transbrasil (vôo TR177), esta a 40 milhas do avião da Vasp, também passaram a reportar contato visual com um estranho objeto na mesma região. O comandante Britto continuou sinalizando seguidamente para o objeto em busca de resposta com todas as luzes disponíveis no Boeing 727. Após passar por Belo Horizonte a uma altura de 31.000 pés, Britto teve uma resposta positiva de que o radar de Brasilia (CINDACTA) notava a presença de um objeto próximo ao Boeing e que este ora se aproximava, ora se distanciava do avião, chegando a estar a 8 mlhas do 727. Segundo a tripulação da Vasp, o OVNI mudava de cor e, de repente uma luz azulada tomou conta de toda a cabine, deixando-os visualizar com detalhes o perfil do OVNI. Neste instante, Britto chamou a atenção da tripulação de cabine (comissários) e também dos passageiros do vôo para a presença do objeto ao lado do avião.

A tripulação técnica da Vasp teve o cuidado de comunicar o que acontecia de modo a não provocar pânico entre os passageiros e, imediatamente, todos os que quiseram puderam ver claramente o estranho objeto que acompanhava a aeronave. Entre os passageiros, encontravam-se alguns nomes famosos no cenário artístico brasileiro. O OVNI (Objeto Voador Não Identificado) começou a ser pouco visível quando o vôo da Vasp iniciou sua descida para pouso no Rio de Janeiro, em função das nuvens sobre a Serra do Mar. Porém, só desapareceu mesmo de vista quando o Boeing 727 se preparava para pouso na pista 14 do Aeroporto do Galeão, posicionando-se à frente do Boeing, na posição 11 horas em relação ao rumo do avião, permanecendo assim por aproximadamente três minutos.



Diversos passageiros confirmaram inteiramente as palavras do comandante e a empresa aérea fez sua própria investigação dos fatos, não conseguindo comprovar qualquer engano ou mentira deliberada por parte dos tripulantes e passageiros que viram o objeto ao lado do vôo VP169. Uma passageira chamada Silézia Del Rosso, contou posteriormente que o objeto "brilhava como uma lâmpada de mercúrio, de iluminação pública". Disse ainda: "Fiquei empolgada e todos os passageiros procuravam inteirar-se do avistamento, disputando as janelas à esquerda do avião. Mesmo assim estavam todos calmos, como se estivessem acostumados a ver todos os dias, UFO's", contou. Outra passageira, Maria Silva Marrocos disse: "Vi um ponto de luz muito forte, que aumentava e diminuía de intensidade. Fiquei emocionadíssima". Sua amiga, Ana Lúcia Ximenes afirmou "o que vi foi uma outra lua". O passageiro Rômulo Andrade Lima contava que "o formato (do OVNI) era oval, o centro mais luminoso e as bordas mais claras. Mas não vi as tais pontas que outros passageiros falaram". Sandra Helena Vieira afirmou: "fiquei surpresa e emocionada. Vi uma luz intensa que se aproximava e se afastava. Gostaria que 'eles' entrassem em contato conosco". Por último, Francimeire Saraiva de Araújo concluiu: "era um círculo com luz fluorescentes, um OVNI sem dúvida" (SIC). Em todas as entrevistas, os passageiros confirmavam que viram um objeto voador não identificado, inclusive no Jornal Nacional da Rede Globo.

Diversos religiosos voavam no Boeing da Vasp para participar da 20ª Assembléia Geral da CNBB, entre eles Dom José Teixeira, Bispo auxiliar de Fortaleza, Dom Edmilson Cruz, Bispo do Crato, Dom Pompeu Bessa, Bispo de Limoeiro do Norte e Dom Aluísio Lorscheider, Cardeal Arcebispo de Fortaleza. Curiosamente, os religiosos não quiseram sequer olhar para o que se passava do lado esquerdo do 727 da empresa paulista. Dom Aloísio chegou mesmo a dizer que "não queria saber dessas coisas" e que não havia nada ali fora, ao lado do avião. Com exceção destes religiosos, que sequer se levantaram (eles estavam do lado direito do 727), todos os demais passageiros viram e confirmaram o encontro com o OVNI para a imprensa. Jornais, rádios e televisões do país inteiro se interessaram pelo curioso incidente e durante alguns dias este tema esteve em bastante destaque nos meios de comunicação brasileiros. Em pouco tempo, no entanto, começaram as surgir os primeiros céticos e detratores do encontro com o OVNI. Para eles, o comandante estava enganado, o objeto era o planeta Vênus, todos haviam confundido um simples reflexo com um objeto voador e outras teorias neste sentido. O comandante Britto, todavia, jamais negou nada do que disse e, para ele, o vôo 169 foi seguido por um OVNI. Ele disse para a Revista UFO nº 68 que "Quando mentalizava alguma forma de contato, o UFO aproximava-se e até passava à frente do 727 sem, no entanto, colocar em risco a segurança do vôo". Sua experiência era inquestionável: com 19 anos de profissão, iniciada no Lóide Aéreo Brasileiro, havia pilotado aeronaves C-46, DC-3, DC-4 e Viscount, até ser promovido em 1972 ao comando de aeronaves Boeing, entre eles o modelo 727. Desde o fato, não mais voou sem levar consigo uma máquina fotográfica!

O caso logo tornou-se público, especialmente por causa de uma das passageiras do 727. Assim que desembarcou em São Paulo, nas primeiras horas da manhã, passou a contar o que havia acontecido para todos que encontrava e sua história logo chegou ao repórter Amorim Filho, da Rádio Bandeirantes AM, que a ouviu juntamente com outros que estavam no vôo VP169 da Vasp, confirmando os fatos. Seu "furo" de reportagem foi alastrou-se imediatamente para outras rádios e jornais e, em pouco tempo, a Vasp teve seu Departamento de Imprensa literalmente invadido por equipes de reportagem de todos os meios de comunicação. A empresa e seu departamento especializado em contatos com a Imprensa, organizou às 10h00 da manhã daquela segunda-feira, 08 de fevereiro de 1982, uma entrevista coletiva que se estendeu até às 15h00. Após, o comandante Britto foi para o Rio de Janeiro, onde morava, mas teve de enfrentar outra maratona de entrevistas até a noite, terminando com uma participação no programa "Globo Revista".

As manchetes começaram a se tornar cada vez mais sensacionalistas: o jornal O Dia do Rio de Janeiro foi o primeiro a dar cores exageradas, com uma chamada que dizia "Disco Voador persegue avião da Vasp". O jornal A Luta, também do Rio, foi ainda mais longe e estampou em sua primeira página: "Disco Voador ataca avião da Vasp". Todos deram muito destaque aos religiosos que mantiveram-se impassíveis e se negaram a ver ou reconhecer que algo estranho viajava ao lado do avião da Vasp.

Quatro anos após esse incidente, em maio de 1986, vários OVNI's surgiram no céu do Brasil e foram seguidas e detectadas no radar do CINDACTA e de vários caças Mirage III e F-5, enviados para tentar interceptá-los, de tal forma que não foi mais possível negar que havia algo mais do que aviões nos céus do Brasil. O então Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Octávio Moreira Lima, se propôs a contar tudo que sabia sobre estes fenômenos no Brasil, mas nunca mais disse qualquer coisa sobre o assunto. De qualquer maneira, o caso do vôo VP169 é considerado uma ocorrência séria e de credibilidade. Uma pesquisa recente realizada pelo Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS), verificou entre os pesquisadores dedicados à Ufologia no Brasil, sua opinião sobre o grau de credibilidade de alguns dos mais famosos casos da Ufologia e o episódio do Vôo 169 da Vasp obteve nota 9,00, sendo considerado o terceiro caso de maior credibilidade entre os ocorridos no país.










Entrevista do comandante Mário Pravato sobre o avistamento ocorrido no voo VASP 169, em 8 de fevereiro de 1982.



FONTES: http://727datacenter.net - Canal Youtube Reno Martins

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