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Lua de Saturno pode abrigar vida como não a conhecemos


(FOTO: JAMES STEVENSON/DIVULGAÇÃO) UMA PROJEÇÃO DA MEMBRANA ET.

Você pode substituir a água por metano, por exemplo

Titã é a maior lua de Saturno. Lá há uma atmosfera densa, cheia de nuvens, e corpos líquidos como rios e lagos. Vento, chuva e outros fenômenos climáticos típicos da Terra criam paisagens familiares, como colinas e praias cheias de dunas. Ou seja, a receita é ótima, o problema são os ingredientes. No lugar de água, há metano, que evapora e forma nuvens em um ar rico em nitrogênio e pobre em um tipo de vida como a da Terra.

Acontece que se você, humano, não quer viver de nitrogênio, há quem queira. James Stevenson, Jonathan Lunine e Paulette Clancy, pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, acabam de publicar na Science Advances um artigo científico em que afirmam que Titã pode conter vida como não a conhecemos. Na hipótese, a membrana celular dos possíveis seres vivos do satélite poderia ser composta de nitrogênio em vez de fosfolipídios. Calma, não é tão complicado quanto parece.

Se você leu esta matéria http://ufos-wilson.blogspot.com.br/2016/07/precisamos-falar-sobre-vida-alienigena.html sobre diferentes tipos de vida alienígena, você já sabe que essa ideia não é tão impossível assim. No texto, Pablo Rampelotto, astrobiólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que “em vez de procurar sinais biológicos específicos que apareceram tarde na história da Terra, as missões deveriam se concentrar em características gerais e sinais de vida independentes do material que a constitui”.

Em outras palavras, é bastante razoável pensar que seres vivos de outros planetas sejam feitos de outros materiais e tirem sua energia de reações químicas diferentes das nossas. Para o pesquisador, o silício poderia se comportar como um ótimo substituto para o carbono em um astro com abundância de metano, por exemplo. O problema é que só conhecemos um tipo de vida: o nosso.

O que Stevenson e sua equipe fizeram foi, pela primeira vez, colocar no papel um modelo plausível de vida fora dos moldes terrestres, que usasse, no caso, os elementos que estão disponíveis na lua Titã. Até agora, nosso narcisismo não havia permitido a façanha: a busca de vida fora da Terra estava muito mais subordinada à composição química dos seres vivos do que à definição da vida como processo que é consequência das condições físicas e químicas de um outro mundo qualquer.

O universo não é uma festa de vida em ebulição, claro. Você pode até trabalhar com os elementos disponíveis, mas eles precisam formar estruturas úteis. Na Terra, a vida depende da membrana plasmática das células — uma “casca” fosfolipídica forte e permeável que abriga a matéria orgânica da célula. Os cientistas precisaram imaginar uma membrana igualmente elástica e permeável para as células alienígenas — mas que usaria carbono, nitrogênio e hidrogênio como componentes principais. Seu nome seria “azotossoma”.

Azote é nitrogênio em francês, uma variação de lipossoma, a membrana encontrada em seres terrestres. “Nós não somos biólogos, e não somos astrônomos, mas tínhamos as ferramentas certas”, explicou Clancy à assessoria da Universidade Cornell. “Isso pode ter ajudado, porque chegamos sem nenhuma pré-concepção sobre o que devia ou não devia fazer parte de uma membrana. Nós só trabalhamos com os compostos que sabíamos que estavam lá e nos perguntamos: ‘Se isso estivesse na sua paleta, o que poderia sair daqui?’”.

Saiu algo bem legal, não dá para negar. Agora só nos resta chegar mais perto de Titã e ver se a natureza já foi tão sagaz quanto os cientistas.

FONTE: REVISTA GALILEU

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