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Um ‘ninho’ de galáxias 'monstro' na infância do Universo


Vizualização das galáxias “monstro” identificadas pelos astrônomos em meio a filamentos de matéria escura a 11,5 bilhões de anos-luz das Terra - Alma/ESO/NAOJ/NRAO

Astrônomos encontram reunião de objetos com taxa de formação de estrelas até milhares de vezes maior que da Via Láctea em confluência de filamentos de matéria escura a 11,5 bilhões de anos-luz da Terra

Astrônomos encontraram um “ninho” de galáxias “monstro”, objetos com uma taxa de formação de estrelas de centenas até milhares de vezes superior à vista hoje na Via Láctea, na infância do Universo. Localizadas na confluência de filamentos de matéria escura a 11,5 bilhões de anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Aquário, estas então ainda jovens galáxias são provavelmente as progenitoras de gigantes elípticas como as que vemos em nossa atual vizinhança cósmica e sua descoberta pode ajudar a melhorar a compreensão de como estes enormes objetos, com trilhões de estrelas, se formaram e evoluíram.

De acordo com as teorias atuais, as galáxias “monstro” se formam em ambientes especiais onde há uma grande concentração de matéria escura, substância de natureza ainda desconhecida pelos cientistas que responderia por cerca de 25% de tudo que existe no Universo, mas cuja existência pode ser inferida devido à sua ação gravitacional. E, de fato, o “ninho” encontrado pelos astrônomos liderados por Hideki Umehata, bolsista de pós-doutorado da Sociedade Japonesa para Avanço da Ciência junto ao Observatório Europeu do Sul (ESO), e Yoichi Tamura e Kotaro Kohno, professores da Universidade de Tóquio, está justamente na confluência do que se acreditam ser grandes filamentos desta misteriosa matéria escura no Universo primordial.

Para identificar estas galáxias “monstro”, os astrônomos se valeram do poder do Observatório Alma, uma rede de 66 antenas instalada no topo do Planalto de Chajnantor, no Deserto do Atacama, do Chile, onde é capaz de detectar tênues sinais na faixa milimétrica e submilimétrica do espectro eletromagnético. Esta característica também permite que o Alma penetre nas nuvens de gás e poeira que costumam obscurecer e dificultar a observação destas jovens galáxias no Universo primordial em luz visível.

Antes das observações com o Alma, os astrônomos japoneses já tinham estudado esta região do céu, conhecida como SSA22, com o Aste, uma antena de 10 metros de diâmetro que também faz observações na faixa submilimétrica operada pelo Observatório Nacional de Astronomia do Japão (NAOJ) instalada em Pampa la Bola, a cerca de 10 quilômetros da rede construída em Chajnantor numa parceria entre o ESO, o próprio NAOJ e fundações nacionais de ciência dos EUA, Canadá, Taiwan, Coreia e Chile. Neste estudo, eles encontraram indicações da presença de um provável aglomerado destas galáxias “monstro”, mas foi apenas com a sensibilidade dez vezes maior e resolução 60 vezes superior do Alma que conseguiram identificar a localização exata de pelo menos nove destes objetos na SSA22.

Com os dados do Alma em mãos, os astrônomos compararam as posições das galáxias “monstro” com imagens de um aglomerado de galáxias jovens visto em luz visível pelo telescópio Subaru, também operado pelo NAOJ no alto da montanha de Mauna Kea, no Havaí, na mesma região do céu. O formato deste aglomerado indica a presença de uma grande rede de filamentos de matéria escura na área da SSA22 que seriam responsáveis por dar forma às estruturas em grande escala vistas no Universo.

Um dos exemplos destas estruturas na nossa vizinhança cósmica é a chamada “Grande Muralha”, também conhecida como “Muralha de Coma”, que se estende por ao menos 500 milhões de anos-luz de comprimento, 200 milhões de anos-luz de largura e 16 milhões de anos-luz de espessura entre 300 milhões e 550 milhões de anos-luz de distância de nosso planeta. No caso das galáxias “monstro” de SSA22, os astrônomos acreditam que elas e os filamentos de matéria escura onde estão localizadas façam parte de uma “proto-Grande Muralha” do tipo da de Coma.

FONTE: O GLOBO

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