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O fenômeno meteorológico que fez um teste de bomba nuclear dar muito errado



Em 1955, a União Soviética testou a bomba RDS-37 em uma base de mísseis no nordeste do Cazaquistão. O poder da bomba havia sido reduzido para o teste, mas um fenômeno meteorológico relativamente raro causou um aumento inesperado – e destrutivo – de sua potência.

O local de testes Semipalatinsk seria, em condições normais, seguro para testar a nova bomba nuclear russa RDS-37. Para garantir que a bomba – a ser lançada no local por um avião – causaria poucos danos, os pesquisadores diminuíram sua capacidade destrutiva de 3 megatons (o equivalente a 3 milhões de toneladas de TNT) para cerca de 1,45 megatons.

O local de observação mais próximo estava a 58 km de distância. A aldeia mais próxima ficava ainda mais longe. Claro, ninguém quer uma bomba nuclear caindo em seu quintal, mas parecia que ninguém iria ser imediatamente prejudicado pelo teste.

Em 22 de novembro, o dia do teste, um fenômeno meteorológico estranho ocorreu no local – trata-se de uma camada de inversão térmica.

Normalmente, o ar quente gerado por incêndios ou pela radiação do solo sobe através do ar relativamente mais frio acima dele, e depois se dispersa na atmosfera superior. Às vezes, devido a anomalias na pressão atmosférica, ou porque o ar simplesmente vem aquecido de outro local, uma camada de ar quente fica imprensada entre o ar frio no chão e o ar frio na atmosfera superior.

Quando o ar quente sobe, ele atinge essa camada intermediária e para de subir. Este tampão de ar quente atua como uma espécie de cúpula sobre uma cidade ou um terreno, causando uma vedação de gás e calor. Isto já causou problemas mortais de poluição atmosférica. Agricultores devem evitar a pulverização de pesticidas durante inversões, porque qualquer veneno que viaje para a atmosfera superior muitas vezes salta de volta para baixo.

Mas o gás e as partículas não são a única coisa que volta para baixo. Algumas pessoas relatam ouvir barulhos estranhos durante inversões, porque as ondas sonoras de trens distantes, carros ou até mesmo conversas saltam para baixo da camada de inversão.

Em 1955, a onda de choque da RDS-37 fez a mesma coisa. Embora a camada de inversão não tenha refletido toda a força da bomba, uma grande quantidade da energia que seria lançada na atmosfera superior voltou para baixo e atingiu o solo.

Soldados observavam a bomba a partir de uma trincheira coberta a 58 km de distância, mas os apoios quebraram e a estrutura colapsou sobre eles. Em um vilarejo próximo, janelas estouraram e um prédio desabou. Duas pessoas morreram e 47 ficaram feridas.

A única coisa boa do teste foi deixar os pesquisadores cientes dos muitos fatores que podem afetar o resultado de um teste de armas nucleares.



FONTE: Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization via Gizmodo Brasil

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