Pular para o conteúdo principal

Cientistas descobrem primeira “Terra gasosa”


O planeta KOI-314c é pequeno, como a Terra, mas gasoso como Júpiter. Um mistério da astronomia.

07/01/14 - 06:04
POR SALVADOR NOGUEIRA


A ciência dos planetas acaba de ficar mais complicada. Um grupo internacional de astrônomos descobriu um planeta que tem exatamente a mesma massa da Terra, mas também possui um imenso invólucro atmosférico mais parecido com o dos planetas gigantes gasosos, como Júpiter ou Netuno. Seria uma espécie de “Terra gasosa”, uma aberração sem igual em nosso Sistema Solar.

A descoberta foi feita com dados do satélite Kepler, da Nasa, que teve sua missão prematuramente encerrada no ano passado, após um problema técnico. (A Nasa atualmente investiga a possibilidade de voltar a utilizá-lo para caçar planetas, mas com outro modo de operação.)

O anúncio foi feito por David Kipping, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, em Washington, e mostra que há mais coisas entre o céu e a (nossa) Terra do que até então julgava nossa vã filosofia.

“Esse planeta pode ter a mesma massa da Terra, mas certamente não é parecido com ela”, afirma Kipping, que liderou o estudo. “Ele prova que não há uma divisão clara entre mundos rochosos, como a Terra, e planetas mais encorpados, com os mundos de água ou os gigantes gasosos.”

Chamado de KOI-314c, o planeta orbita uma estrela anã vermelha a aproximadamente 200 anos-luz daqui, completando uma volta a cada 23 dias terrestres. Pela proximidade com a estrela, ele tende a ser quente demais para abrigar vida.

NOVA TÉCNICA

Com um diâmetro 60% maior que o terrestre, ele pôde ter sua composição básica estudada pelos astrônomos graças a uma nova técnica que permite calcular, além de seu tamanho, sua massa. Dividindo massa sobre volume, pode-se estimar a densidade. E, com base nela, os cientistas podem tentar encaixá-lo a modelos teóricos de composição que batam com os dados observacionais.

Normalmente, os planetas descobertos pelo Kepler só podem ter seu tamanho estimado com alguma precisão. Isso porque o método de detecção consiste em observar os chamados trânsitos — uma ligeira redução no brilho da estrela-mãe quando o planeta passa à frente dela. A diminuição de luminosidade é proporcional ao tanto de luz bloqueada, que por sua vez está relacionada ao porte do objeto.

Até recentemente, a massa só podia ser calculada pela medição dos efeitos gravitacionais que o planeta provoca na estrela-mãe, produzindo nela um suave bamboleio conforme ele avança em sua órbita. Isso exige outro tipo de observação e instrumentação, diferente da usada para detectar trânsitos, o que complicava a pesquisa.

Com a nova técnica, os mesmos dados de trânsito coletados pelo Kepler podem produzir estimativas de diâmetro e de massa. Como? Conforme o planeta vai completando voltas e passando várias vezes à frente da estrela, os pesquisadores buscam por pequenas variações no período entre trânsitos. Se às vezes o trânsito começa um pouquinho mais cedo, ou um pouquinho mais tarde, isso pode ser resultado da interação gravitacional do planeta estudado com um outro mundo próximo. Como interações gravitacionais são ditadas pela massa dos objetos em questão, os pesquisadores podem calcular quanto pesam os planetas. No caso em questão, o KOI-314c tinha um vizinho mais interno, KOI-314b, que completava uma volta a cada 13 dias. Ele tinha mais ou menos o mesmo tamanho (60% maior que o da Terra), mas massa quatro vezes a terrestre.

Outros resultados apresentados na reunião da Sociedade Astronômica Americana pertinentes a essa questão, fruto de estudos de “bamboleio gravitacional” e de aplicação da nova técnica, conhecida como TTV (sigla inglesa para Variações de Tempo em Trânsitos), sugerem que esses planetas cujo tamanho oscila entre um e quatro diâmetros terrestres (ora chamados de superterras, ora de mininetunos) podem ser bem diferentes entre si. Os resultados indicam que, entre os mundos com diâmetro 50% maior que o da Terra ou inferior, a tendência a serem rochosos, como nosso planeta, aumenta bastante. Mas ainda não há uma estatística precisa. E a busca por um gêmeo terrestre idêntico continua.

FONTE: Mensageiro Sideral

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s